Arte é Inovação 2020
Entre os dias 22 e 25 de outubro, o Polo Cultural promoveu o evento "Arte é Inovação", quando artistas e profissionais de diferentes setores realizaram talks sobre os temas Arte, Inovação e Sustentabilidade.
A proposta é trazer luz a temas como: arte como ativismo, a arte que pulsa nas periferias, territórios criativos, centros comunitários na periferia, acessibilidade artística, empreendedorismo social e outros.
Vj Suave - 22.10 | 20H
Slam das Minas - 23.10 | 20H
Madame Blavatsky - 24.10 | 20H
Vra Power - 25.10 | 20H
4 dias de evento, com oito talks, quatro performances e muitas trocas e aprendizados.
22.10
A saída é a arte
Mel Lisboa, Izabel Wilker, Leona Jhovs e Luz Ribeiro
A arte das periferias não é influenciada, ela é a influência
Carol Peixoto (Slam das Minas), Pam Araujo (Slam das Minas) e Khally Hip Hop (B Boys)
23.10
Arte ativista
Marcela Scheid, Fábio Ventura (Coletivo Abrupto), Tim (Imargem) e Leona Jhovs
Territórios criativos - a ascensão da classe criativa
Laura Taves (Museu do Amanhã) e Kleber Montanheiro (Cia da Revista)(Khaly)
24.10
Centros comunitários e vida na periferia
Ygor Melo (Teto Br), Khally Hip Hop (B Boys) e Adélia Rodrigues (Gastronomia Periférica)
Território global
Vj Fer Pineirua, Vj Mozart e Ygor (VJ Suave)
25.10
Acessibilidade artística
Nina Mancin (Polo Cultural), Victor di Marco e Isis De Castro Riechelman
Empreendedorismo social em busca de autonomia
Lemuel Simis (Firgun), Liliane Jacintho (Plana Vivências) e Daniel Annenberg
PROGRAMAÇÃO
22.10
16h - ABERTURA: Tawane Theodoro (poesia)
TALK: A saída é a arte
A pandemia escancarou, mais uma vez, a importância da arte. Em tempos de isolamento social, foi a arte que nos acompanhou por toda trajetória e seguirá dando a direção. Em casa, foram os artistas, músicos, cineastas, escritores e poetas que nos aliviaram em momentos de tensão. A arte traz esperança e mexe com nossas emoções.
MEDIAÇÃO: Luz Ribeiro
PARTICIPAÇÕES: Mel Lisboa, Izabel Wilker e Leona Jhovs
18h - TALK: Arte na periferia não é influenciada, ela é a influência
A antropofagia da semana e arte moderna nos transformou em um caldeirão artístico cultural por 100 anos. Hoje colhemos uma revolução cultural nas periferias trazendo essas estéticas no dia a dia de todos. Funk, HipHop, poesias, grafite, pinturas, tatuagens, a revolução está no nosso dia a dia. A arte periférica é a cultura brasileira que alimentará o planeta. Estamos só no começo.
MEDIAÇÃO: Marcelo Sollero
PARTICIPAÇÕES: Carol Peixoto (Slam das Minas), Pam Araujo (Slam das Minas) e Khally Hip Hop (B Boys)
20h - PERFORMANCE: Projeção Vj Suave
23.10
16h - TALK: Arte ativista
Em uma carta para um amigo, Lenin reclama dos artistas pós revolução de 17. Os líderes chineses se irritavam com a arte porque questionavam tudo que eles faziam. Pushkin, poeta russo, foi preso pelo Czar. Fitzgerald escreveu um livro chamando o presidente de Vegetal. Arte é forma de se expressar; de colocar para fora as angústias, os anseios e nossas vulnerabilidades. É pela arte que comunicamos aquilo que queremos dizer com o coração: pode ser amor ou dor. O fazer artístico sempre foi caminho para a luta: expor feridas, escancarar desigualdades, denunciar abusos e opressões. É pela arte que nos fazemos ser ouvidos. É pela arte que a gente grita.
MEDIAÇÃO: Leona Jhovs
PARTICIPAÇÕES: Marcela Scheid, Fábio Ventura (Coletivo Abrupto) e Tim (Imargem)
18h - TALK: Territórios Criativos - a ascensão da classe criativa
Territórios criativos são bairros, cidades ou regiões que apresentam potenciais culturais criativos capazes de promover o desenvolvimento integral e sustentável, aliando preservação e promoção de seus valores culturais e ambientais. Nos territórios criativos, podem existir diversas atividades ao mesmo tempo que vão desde indústrias culturais clássicas, como artes visuais, música e literatura, até outros setores, como propaganda, arquitetura, arqueologia e design. A economia criativa é um setor estratégico e dinâmico, tanto do ponto de vista econômico como social. Suas atividades geram trabalho, emprego, renda e inclusão social. Acreditamos no potencial propagador da arte como forma de fazer revolução e como forma de transformar a sociedade.
MEDIAÇÃO: Marcelo Sollero
PARTICIPAÇÕES: Laura Taves (Museu do Amanhã) e Kleber Montanheiro (Cia da Revista)
20h - PERFORMANCE: Slam das Minas
24.10
16h - ABERTURA: B Boys
TALK: Centros comunitários e vida na periferia
Uma cidade sustentável é uma cidade feita por e para pessoas, que fomenta a cultura e consumo local, por meio de trocas justas. Acreditamos que é preciso trazer o lazer como forma de aprendizagem. O local onde convivemos, conhecemos outras pessoas e vemos o novo é - ou deveria ser - o espaço mais importante da nossa comunidade. Escola, clube, parque, centros culturais, praças, hortas e outros são lugares que ativam nossa consciência e abrem nossa mente. Por isso, acreditamos que a criatividade é impulsionada por espaços sadios de convivência. São em centros comunitários que a diversidade floresce.
MEDIAÇÃO: Marcelo Sollero
PARTICIPAÇÕES: Ygor Melo (Teto Br), Khally Hip Hop (B Boys) e Adélia Rodrigues (Gastronomia Periférica)
18h - TALK: Território global
Hoje, o local e o global conversam em um grande território criativo. Vivemos em um mundo marcado pela globalização, resultante, entre outros fatores, da expansão das tecnologias de comunicação. A arte ultrapassa as fronteiras e possibilita aos agentes das áreas de expressão se comunicarem e trocarem referências. Estamos todos conectados e, desta forma, é possível para um produtor musical do Interior do Brasil, por exemplo, ter a possibilidade de desenvolver uma parceria profissional com outro instrumentista do outro lado do planeta. A arte rompe barreiras e é através dela que nos conectamos.
MEDIAÇÃO: Ygor (VJ Suave)
PARTICIPAÇÕES: Vj Fer Pineirua e Vj Mozart
20h - PERFORMANCE: Teatro Madame Blavatsky (Mel Lisboa)
25.10
16h - TALK: Acessibilidade artística
O projeto Arte É Inovação se propõe a inserir a pauta da cultura da acessibilidade em todos os segmentos. Importante enxergar a arte como ferramenta de inclusão social no sentido de promover uma integração entre pessoas com e sem deficiência. A Polo Cultural, através do Projeto Acessibilidade ao Palco, por exemplo, promove anualmente em torno de uma manifestação artística, a reunião entre crianças com e sem deficiência. A experiência tem se mostrado um sucesso e prova que arte tem a capacidade de instaurar a inclusão social.
MEDIAÇÃO: Eneida Soller
PARTICIPAÇÕES: Nina Mancin (Polo Cultural), Victor di Marco e Isis De Castro Riechelman
18h - TALK: Empreendedorismo social em busca de autonomia
Empreendedorismo social é sobre ter autonomia para criar um trabalho com significado, que gere impacto ao nosso redor. Estamos buscando novas formas de nos relacionar com nosso tempo - e também com o nosso trabalho. É preciso criar um trabalho que atenda às nossas demandas e também às demandas da sociedade.
MEDIAÇÃO: Bruna Coletti
PARTICIPAÇÕES: Lemuel Simis (Firgun), Liliane Jacintho (Plana Vivências) e Daniel Annenberg
20h - PERFORMANCE: Bloco de Carnaval Vra Power
2020 nos colocou em estado de impermanência o tempo todo. Não se é. Se está sendo.
Trocamos dia pela noite, quente por frio, claro por escuro. O ritmo de cada um bate do seu próprio jeito. Agora seguimos em nossa própria cadência, com nossos próprios limites.
O convite à viagem interna nos faz ir às profundezas para tocar as raízes. Em contato com nossos desejos, anseios e angústias mais profundas e primitivas podemos explorar nossas vulnerabilidades, abrindo espaço para sentimentos autênticos. E cá estamos nós, tentando imaginar outros mundos possíveis.
Além de rebelde, em tempos de incerteza, o otimismo é uma opção corajosa.
Em tempos de crise epistêmica, precisamos focar no que é verdadeiro.
Estamos estabelecendo novos limites; novos contornos e é preciso conexão com o que é profundo; ancestral. Hora de estruturar alicerces. Redes cooperativas parecem ser nosso novo respiro. Comércio local, justo, que respeita a vida de todos os envolvidos.
O bombardeio de informação e conteúdos inúteis em feeds infinitos estão perdendo espaço para uma curadoria que represente nossa autenticidade, aquilo que queremos ser. Sob demanda. Queremos existir sob nossa própria demanda. No nosso próprio tempo. Queremos inventar a nossa própria forma de viver.
Vamos juntos?