A poesia ganhou destaque durante os quatro dias de “Arte é Inovação” nas unidades do CEU Jaguaré, Jaçanã e Cantos do Amanhecer. Ao falar sobre suas experiências e realidades, os poetas do Slam Baderna mostraram para jovens e crianças como é possível falar sobre sentimentos, preconceito e até sobre política a partir das rimas.
Mas você sabe o que significa Slam? E o que isso tem a ver com poesia? Slam é a batalha de poesia que surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 como forma de resistência, ocupando novos espaços para discutir as questões sociais da época. Chegou no Brasil há pouco mais de dez anos e, de lá pra cá, vem conquistando muita gente por abordar questões do cotidiano como política, amor, racismo, machismo e homofobia.
Nos campeonatos de poesia os participantes têm até três minutos para apresentar seus poemas, todos de autoria própria e sem adereços ou acompanhamento musical. Esse texto pode ser escrito ou pode ser de improvisação. É através dessa poesia que a periferia tem mostrado para o mundo sua expressão e sua arte, promovendo uma troca intensa de culturas, raças, cores e diversidade.
Para Yasmin Gabrielle, uma das poetas que se apresentou no CEU Jaguaré, a poesia é como “uma válvula de escape, onde eu me entendo no mundo e como sou no mundo”. A partir do contato com a poesia e com o slam, jovens como Yasmin ganham autonomia para escrever suas próprias trajetórias.
“A poesia me deu acesso”, continua a jovem poeta. Acesso à informação, por exemplo, muitas vezes limitado dentro de casa ou das escolas. Intervenções como a do Slam Baderna, que promove o contato com a poesia dentro da sala de aula, coloca os alunos, desde cedo, para pensar em suas realidades, no que está acontecendo fora dos muros da escola, auxiliando na formação de um pensamento crítico e social.
Fotos: Nathalia Curti (@nanacurti)
SINOPSE
“Madame Blavatsky” surge a partir do contato da autora, Claudia Barral, com a peça de Plínio Marcos. Claudia se propõe a brincar com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. É uma Não Peça, já que se arroga de ser uma experiência mística. O espírito de Helena Blavatsky exige retornar num teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa história em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO
O processo de criação do espetáculo “Madame Blavatsky” começa com a tentativa de entendimento dessa nova forma do “fazer teatral”, no momento que a pandemia obrigou o mundo a se recolher, mas aguçou em nós a necessidade de nos mantermos ativos e criativos. Partimos para a pesquisa, aprendendo e experimentando como usufruir de outras possibilidades de existência nessa situação excepcional.
Tendo em mãos o brilhante texto de Claudia Barral, fomos em busca de conhecer mais a fundo a vida de Helena Blavatsky, sua importância e relevância na história da Teosofia e do Espiritismo. Foi criada assim uma personagem baseada nesse peso proposto pelo texto, que se alterna com a personagem da própria atriz, que por vezes é trazida à cena. Com a proposta de ser um encontro caseiro e virtual, e não um espetáculo, o cenário é a casa dessa atriz, com pequenos ajustes estéticos que ajudam a dramaturgia. O figurino também foi composto com peças já existentes, pensando numa paleta de cores que viesse minimamente de encontro à uma figura mais teatral, dramática. Escolhemos manter uma única câmera, parada, fixa, impossibilitados de fazer cortes, sem utilização de ferramentas como o zoom do equipamento, e assim transmitir a imagem mais parecida com a que seria o ponto de vista de um expectador na poltrona de uma plateia de teatro.
Essa foi a forma escolhida para tentar trazer uma experiência mais próxima dessa arte que é tão antiga quanto a humanidade
FICHA TECNICA
Texto – Claudia Barral
Interpretação – Mel Lisboa
Direção – Marcio Macena
Concepção geral- Mel Lisboa e Marcio Macena
LIVE NO YOUTUBE
VJ Suave apresenta uma JAM session com convidados nacionais e internacionais. Através de um aplicativo para iPads conectado a projetores participantes poderão desenhar e animar juntos em tempo real desde suas casas sem a necessidade da presença física. O conteúdo artístico é projetado em escala aumentada e via streaming as pessoas de fora da cidade poderão acompanhar.
Tagtool é um aplicativo de pintura colaborativa que explora a interação entre desenho, tecnologia e arquitetura, criando uma nova plataforma de arte que através de projeções transforma as paredes em painéis de arte e lugares conhecidos em cenários que nos transportam para o universo da fantasia.
Trata-se de uma ferramenta digital que preserva a espontaneidade dos meios analógicos e do fluir das mãos que desenham e animam enquanto a imaginação se constrói. Baseado no improviso, a tecnologia permite a interação entre artistas de diferentes partes do mundo com o público.
Participarão desta apresentação Ygor Marotta e vjmozart desde São Paulo, Fer Pineirua (Uruguay) e Karen Frances Eng (Inglaterra).
Ao preencher e enviar esse formulário, você se cadastra para participar da live escolhida através da ferramenta Zoom. Após a seleção nós entraremos em contato por e-mail com o envio do link.
Recheada de sucessos, VRA POWER leva para qualquer festa a irreverência de um misto de músicas brasileiras embaladas pela alegria do carnaval. A baianidade do axé, a malandragem do samba, a malemolência do arrocha, a energia do frevo, a embigada do baião, e também a quebradeira do funk se encontram nessa hecatombe de alegria com espírito de carnaval. Um “VRA” poderosíssimo de energia em que você pode se permitir ser aquilo que você quiser! Se entregue, se permita e sinta O PODER DO VRA!
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Foto: Renata Armelin
Em março a Slam das Minas SP abriu os trabalhos de 2020 com a primeira edição da batalha, com a comemoração dos quatro anos da coletiva e, também, a última edição presencial do evento.
Assim seguimos os meses seguintes, reinventando a forma de se encontrar, levando as batalhas para as redes sociais. Se não pudermos estar perto por um lado, de outro conseguimos chegar em estados que não podíamos presencialmente.
Dessa forma, em outubro, chegamos a nossa quinta Finalíssima em parceria com a Polo Cultural, com poetas de São Paulo, Porto Alegre e Paraíba, num evento ao vivo online, com transmissão no canal do Youtube da coletiva.