Apesar de uma luta constante por direitos igualitários, a sociedade permanece à margem desse discurso que muitas vezes é um embate para fortes padrões culturais. Contudo, até mesmo onde os padrões societários intervém no arbítrio, a educação abre portas para jornadas que fujam aos conceitos pré estabelecidos.
A vida de Ashweetha Shetty, moradora de uma área rural na Índia, era enrolar bidis, espécie de charutinhos local. “Todos nós nascemos numa realidade que aceitamos cegamente, até que algo nos desperte e um novo mundo se abra”, destaca a menina.
Toda vez que a mãe de Ashweetha Shetty aparecia com o livro de contas nas mãos e perguntava quanto dinheiro havia ganho aquele destino incomodava a menina, que não queria se conformar com a vida de mulher na Índia rural. Ela decidiu então, apesar da resistência inicial da mãe, ensiná-la a escrever o próprio nome. Mais que transmitir o seu conhecimento, Ashweetha sentia-se útil. E isso é decisivo quando falamos de educação!
O despertar de Shetty é também mencionado por ela como um novo nascimento. Concebida em uma nova realidade depois de transmitir seus conhecimentos a mãe, ela teve contato com o livro biográfico de Helen Keller, uma norte americana surdocega que se tornou escritora e um exemplo de ativista social ao ser a primeira mulher com limitações visuais e auditivas a conquistar um diploma de ensino superior.
“Antes disse eu nunca havia nascido”, fraseia a indiana. O livro era o exemplo que ela precisava para ter certeza que enrolar bidis, talvez,não fosse seu destino. Sua jornada seria escrita pela sua própria caligrafia.
Como muitas meninas da Índia rural, a pressão por um casamento já rondava a realidade de Shetty quando ela decidiu unir sua vontade de estudar com a fuga desses compromissos impostos por fortes tradições. “Não queria ser forçada a me casar, então me inscrevi em um programa de estudos em Delhi, 2500 km de distância da minha casa”, explicou com um sorriso sorrateiro de quem planejou a longa distância para concretizar seus sonhos.
Ashweetha Shetty estudou com bolsa integral, superando também a lacuna cultural entre os demais alunos, pois estava entre as poucas representantes da zona rural. Ao finalizar os estudos, voltou para a casa, mas trouxe consigo uma bagagem educacional capaz de levar outros jovens para o mesmo caminho percorrido por ela: a trilha da educação. Criadora da Fundação Bodhi Tree, Shetty espera conseguir abrir horizontes, assim como o livro de Helen Keller a transportou para outra realidade.
Duas mulheres de gerações e contextos completamente diferentes romperam com padrões culturais e mudaram o mundo, mesmo que na escala de uma pequena vila, com a educação. Trazemos essa história para perto do Polo Cultural, pois nossa entidade não perde a imensa crença no poder transformador da educação e no legado de uma história.
A história de Ashweetha Shetty pode ser conferida pelas próprias palavras da jovem, veja o vídeo.
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SINOPSE
“Madame Blavatsky” surge a partir do contato da autora, Claudia Barral, com a peça de Plínio Marcos. Claudia se propõe a brincar com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. É uma Não Peça, já que se arroga de ser uma experiência mística. O espírito de Helena Blavatsky exige retornar num teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa história em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO
O processo de criação do espetáculo “Madame Blavatsky” começa com a tentativa de entendimento dessa nova forma do “fazer teatral”, no momento que a pandemia obrigou o mundo a se recolher, mas aguçou em nós a necessidade de nos mantermos ativos e criativos. Partimos para a pesquisa, aprendendo e experimentando como usufruir de outras possibilidades de existência nessa situação excepcional.
Tendo em mãos o brilhante texto de Claudia Barral, fomos em busca de conhecer mais a fundo a vida de Helena Blavatsky, sua importância e relevância na história da Teosofia e do Espiritismo. Foi criada assim uma personagem baseada nesse peso proposto pelo texto, que se alterna com a personagem da própria atriz, que por vezes é trazida à cena. Com a proposta de ser um encontro caseiro e virtual, e não um espetáculo, o cenário é a casa dessa atriz, com pequenos ajustes estéticos que ajudam a dramaturgia. O figurino também foi composto com peças já existentes, pensando numa paleta de cores que viesse minimamente de encontro à uma figura mais teatral, dramática. Escolhemos manter uma única câmera, parada, fixa, impossibilitados de fazer cortes, sem utilização de ferramentas como o zoom do equipamento, e assim transmitir a imagem mais parecida com a que seria o ponto de vista de um expectador na poltrona de uma plateia de teatro.
Essa foi a forma escolhida para tentar trazer uma experiência mais próxima dessa arte que é tão antiga quanto a humanidade
FICHA TECNICA
Texto – Claudia Barral
Interpretação – Mel Lisboa
Direção – Marcio Macena
Concepção geral- Mel Lisboa e Marcio Macena
LIVE NO YOUTUBE
VJ Suave apresenta uma JAM session com convidados nacionais e internacionais. Através de um aplicativo para iPads conectado a projetores participantes poderão desenhar e animar juntos em tempo real desde suas casas sem a necessidade da presença física. O conteúdo artístico é projetado em escala aumentada e via streaming as pessoas de fora da cidade poderão acompanhar.
Tagtool é um aplicativo de pintura colaborativa que explora a interação entre desenho, tecnologia e arquitetura, criando uma nova plataforma de arte que através de projeções transforma as paredes em painéis de arte e lugares conhecidos em cenários que nos transportam para o universo da fantasia.
Trata-se de uma ferramenta digital que preserva a espontaneidade dos meios analógicos e do fluir das mãos que desenham e animam enquanto a imaginação se constrói. Baseado no improviso, a tecnologia permite a interação entre artistas de diferentes partes do mundo com o público.
Participarão desta apresentação Ygor Marotta e vjmozart desde São Paulo, Fer Pineirua (Uruguay) e Karen Frances Eng (Inglaterra).
Ao preencher e enviar esse formulário, você se cadastra para participar da live escolhida através da ferramenta Zoom. Após a seleção nós entraremos em contato por e-mail com o envio do link.
Recheada de sucessos, VRA POWER leva para qualquer festa a irreverência de um misto de músicas brasileiras embaladas pela alegria do carnaval. A baianidade do axé, a malandragem do samba, a malemolência do arrocha, a energia do frevo, a embigada do baião, e também a quebradeira do funk se encontram nessa hecatombe de alegria com espírito de carnaval. Um “VRA” poderosíssimo de energia em que você pode se permitir ser aquilo que você quiser! Se entregue, se permita e sinta O PODER DO VRA!
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Foto: Renata Armelin
Em março a Slam das Minas SP abriu os trabalhos de 2020 com a primeira edição da batalha, com a comemoração dos quatro anos da coletiva e, também, a última edição presencial do evento.
Assim seguimos os meses seguintes, reinventando a forma de se encontrar, levando as batalhas para as redes sociais. Se não pudermos estar perto por um lado, de outro conseguimos chegar em estados que não podíamos presencialmente.
Dessa forma, em outubro, chegamos a nossa quinta Finalíssima em parceria com a Polo Cultural, com poetas de São Paulo, Porto Alegre e Paraíba, num evento ao vivo online, com transmissão no canal do Youtube da coletiva.