A primeira imagem de arte na vida de Bel Droppa remete à infância. Foi assim que as artes foram apresentadas a ela, cheia de magia, que dava à arte um tom mais lúdico naqueles primeiros anos de escola. Sim, foi no ambiente escolar que uma das novas professoras do projeto O Palco se encantou pela primeira vez.
A arte na escola costuma ganhar outra nomenclatura: Brincar. “São memórias de criança, um contato muito natural, só depois fui buscar fazer algumas aulas, mas eu nunca deixei de brincar”, afirma Bel, deixando que o saudosismo escapasse à voz.
A fala de Bel é suave e lenta, ritmo de Bossa nova. Se porventura precisar anotar o que a professora diz, certamente terá tempo de fazer uma boa caligrafia. A narrativa linear, entretanto, é de quem não consegue conter o movimento do corpo. Bel é dançarina e ensina os ritmos da dança para os alunos da Escola Estadual Geraldo Arone, em Bauru, pela iniciativa de O Palco.
Ainda criança, a arte aprendida na escola evadia para casa. “Eu lembro que brincava muito em casa, pegando algumas coisas escondidas da minha irmã para dançar. Na escola eu sempre adorei me apresentar, fazer coreografia”, conta.
O gosto pelas artes, em especial pela dança, cresceu graças a iniciativa de uma professora de Bel, Deca Portalupe, com quem a bauruense mantém contato até hoje. “Essa professora aos poucos foi me envolvendo com isso, quando chegou nos últimos anos de ginásio, ficava o dia inteiro na escola dançando”, revela. Ela conta em surdina que ocupava as salas de aula que não estavam sendo usadas para inventar coreografias e danças com as colegas, mesmo que a contragosto de alguns educadores da escola.
“Foi na alquimia desses anos, que eu decidi que queria isso para minha vida”, sentencia. As danças da escola também percorreram a casa da professora Teka, uma grande incentivadora das artes, sobretudo porque era ela quem organizava o evento de dança no final de ano da escola.
“Eu me considero uma pessoa de sorte, porque quando era criança me lembro de fazer essas apresentações na escola, então isso era uma coisa que me inspirava”, reforça Bel.
Hoje, na função de professora do projeto O Palco, Bel se encontra em uma posição muito parecida com a da educadora na infância. Ela sabe que pode fazer a diferença, pois ela mesma é fruto de uma escola com artes.
A dança é o colorido da infância de Bel e seus cores ainda hoje, como professora e profissional.
SINOPSE
“Madame Blavatsky” surge a partir do contato da autora, Claudia Barral, com a peça de Plínio Marcos. Claudia se propõe a brincar com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. É uma Não Peça, já que se arroga de ser uma experiência mística. O espírito de Helena Blavatsky exige retornar num teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa história em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO
O processo de criação do espetáculo “Madame Blavatsky” começa com a tentativa de entendimento dessa nova forma do “fazer teatral”, no momento que a pandemia obrigou o mundo a se recolher, mas aguçou em nós a necessidade de nos mantermos ativos e criativos. Partimos para a pesquisa, aprendendo e experimentando como usufruir de outras possibilidades de existência nessa situação excepcional.
Tendo em mãos o brilhante texto de Claudia Barral, fomos em busca de conhecer mais a fundo a vida de Helena Blavatsky, sua importância e relevância na história da Teosofia e do Espiritismo. Foi criada assim uma personagem baseada nesse peso proposto pelo texto, que se alterna com a personagem da própria atriz, que por vezes é trazida à cena. Com a proposta de ser um encontro caseiro e virtual, e não um espetáculo, o cenário é a casa dessa atriz, com pequenos ajustes estéticos que ajudam a dramaturgia. O figurino também foi composto com peças já existentes, pensando numa paleta de cores que viesse minimamente de encontro à uma figura mais teatral, dramática. Escolhemos manter uma única câmera, parada, fixa, impossibilitados de fazer cortes, sem utilização de ferramentas como o zoom do equipamento, e assim transmitir a imagem mais parecida com a que seria o ponto de vista de um expectador na poltrona de uma plateia de teatro.
Essa foi a forma escolhida para tentar trazer uma experiência mais próxima dessa arte que é tão antiga quanto a humanidade
FICHA TECNICA
Texto – Claudia Barral
Interpretação – Mel Lisboa
Direção – Marcio Macena
Concepção geral- Mel Lisboa e Marcio Macena
LIVE NO YOUTUBE
VJ Suave apresenta uma JAM session com convidados nacionais e internacionais. Através de um aplicativo para iPads conectado a projetores participantes poderão desenhar e animar juntos em tempo real desde suas casas sem a necessidade da presença física. O conteúdo artístico é projetado em escala aumentada e via streaming as pessoas de fora da cidade poderão acompanhar.
Tagtool é um aplicativo de pintura colaborativa que explora a interação entre desenho, tecnologia e arquitetura, criando uma nova plataforma de arte que através de projeções transforma as paredes em painéis de arte e lugares conhecidos em cenários que nos transportam para o universo da fantasia.
Trata-se de uma ferramenta digital que preserva a espontaneidade dos meios analógicos e do fluir das mãos que desenham e animam enquanto a imaginação se constrói. Baseado no improviso, a tecnologia permite a interação entre artistas de diferentes partes do mundo com o público.
Participarão desta apresentação Ygor Marotta e vjmozart desde São Paulo, Fer Pineirua (Uruguay) e Karen Frances Eng (Inglaterra).
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Recheada de sucessos, VRA POWER leva para qualquer festa a irreverência de um misto de músicas brasileiras embaladas pela alegria do carnaval. A baianidade do axé, a malandragem do samba, a malemolência do arrocha, a energia do frevo, a embigada do baião, e também a quebradeira do funk se encontram nessa hecatombe de alegria com espírito de carnaval. Um “VRA” poderosíssimo de energia em que você pode se permitir ser aquilo que você quiser! Se entregue, se permita e sinta O PODER DO VRA!
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Foto: Renata Armelin
Em março a Slam das Minas SP abriu os trabalhos de 2020 com a primeira edição da batalha, com a comemoração dos quatro anos da coletiva e, também, a última edição presencial do evento.
Assim seguimos os meses seguintes, reinventando a forma de se encontrar, levando as batalhas para as redes sociais. Se não pudermos estar perto por um lado, de outro conseguimos chegar em estados que não podíamos presencialmente.
Dessa forma, em outubro, chegamos a nossa quinta Finalíssima em parceria com a Polo Cultural, com poetas de São Paulo, Porto Alegre e Paraíba, num evento ao vivo online, com transmissão no canal do Youtube da coletiva.